Yin Yang

Como já devem ter percebido faço um conto diferente do outro... Esse aqui eu criei com meu irmão Thiago... Mas como foi criado no intuito de um anime não esperem por um fim. Essa é só para quem gosta de um pouco de miticismo e do Yin Yang.


Em um pequeno vilarejo, morava uma família chamada Chikara, apesar de ser uma família pequena e simples todos, até dos vilarejos vizinhos, os conheciam, principalmente aos irmãos Yin e Yang, jovens adoráveis devo dizer. Seus pais eram Kokioo e Hana.
Kokioo era um homem valente e destemido, descendente de uma longa geração de guerreiros. Em casa era firme, fechado, mas adorava extremamente seus filhos e sua esposa.
Hana era uma mulher muito doce, era uma artista, o que não era nada comum naquela época, por está razão já tinha ouvido muitas criticas de sua profissão, mas ela apenas sorria para ela isso não importava, ela adorava pintar e ponto, era uma mãe muito carinhosa, sempre que podia ia brincar com seus filhos que a adoravam muito.
Yin e Yang eram gêmeos e se davam inacreditavelmente bem, não se separavam um do outro mesmo com tantas diferenças, o que era outra coisa inacreditável apesar de serem gêmeos os dois eram completamente opostos um do outro. Muitos tentavam justificar isso pelo fato de Yin ser uma garota e Yang ser um garoto, outros mais venenosos duvidavam que Yin e Yang fossem filho do mesmo pai.
Yin era uma garota doce só que mais fechada, era impossível saber o que se passava dentro dela, também era muito esperta às vezes conseguia surpreender seus pais com algumas coisas que dizia. Todos concordavam que ela era muito parecida com o pai, mas alguns falavam que ela tinha algo da mãe, talvez os traços ou o olhar, não dava para saber direito.
Yang era um menino cheio de energia, totalmente diferente da irmã, fala o que lhe viesse à cabeça, estava sempre muito alegre e de um lado para o outro, arrastando a irmã junto, claro, mas quando se tratava de assuntos que, para ele, eram importantes, ele se mostrava extremamente sério e firme em sua opinião. A opinião de muitos era que ele puxara a mãe, mas também com ele havia os que acreditavam que ele tinha características do pai e nesse ponto as opiniões eram as mais variadas.


×Episódio 1× O quarto secreto [parte 1 de 3]

Yin e Yang brincavam em no jardim, era um jardim muito grande e o lugar favorito dos dois.
Hana aparece na porta sorridente e os chama para dentro, Kokioo acabara de voltar da guerra e queria ver seus filhos. Yin e Yang correm para dentro deixando os sapatos na porta da casa, chegando perto da cozinha onde Hana indicara que Kokioo estaria. Eles param de correr para não levar uma bronca do pai logo agora, chegando à cozinha fazem uma reverencia a ele e sentam-se em frente à mesa, não demora muito e Hana se junta a eles.
- Mandei os chamar aqui porque tenho um assunto importante a tratar com vocês – inicia Kokioo olhando para os filhos.
Yin e Yang se entreolham assustados era rara as vezes que ele os chamava para conversar e normalmente isso vinha precedido de noticia ruim.
Hana olha para os filhos e sorri como quisesse afastar os pensamentos ruins da cabeça de seus filhos, Kokioo continua a falar.
- Vocês já estão com 14 anos e penso que já está na hora de aprenderem algumas coisas – faz uma pausa – Sei que não tenho muito tempo para estar com vocês, mas a partir de agora as coisas vão mudar nessa casa. Yang você precisa aprender as artes...
- Artes?? Você vai me ensinar mamãe? – deixa escapar Yang eufórico, sendo severamente punido logo após pelo olhar severo de seu pai. – D...Desculpe papai.
- Nunca mais me interrompa enquanto eu estiver falando – Diz Kokioo com o semblante franzido batendo o punho na mesa e fazendo Yin levar um pequeno susto - Tem que aprender a controlar seus impulsos Yang, quantas vezes já te disse isso?
- Kokioo... – começa Hana com um olhar de suplica para o marido, ele por sua vez lhe lança um olhar rude e ela abaixa a cabeça, compreendia que Yang tinha errado e que precisava aprender a se controlar, mas não via razão para seu marido ser tão severo com ele. Nos olhos de Yang já podia se ver brotar algumas lagrimas, Hana sente vontade de levantar e correr para abraçar seu filho, mas sabia que não podia fazer aquilo. Yin olha para Yang e seus olhos se encontram no rosto de Yin não havia nenhuma expressão especial, eles não trocaram palavras, mas Yang podia nos olhos de Yin o carinho e o conforto rapidamente Yang passa a mão pelos olhos enxugando as lagrimas antes que caíssem e seu pai notasse Yin por sua vez abaixa a cabeça assim como sua mãe e espera seu pai continuar a falar.
- Vou lhe ensinar artes marciais, Yang, você já está bem grandinho e tem que aprender a defender essa família para quando eu não estou aqui. – Kokioo olha para sua filha e sua mulher – enquanto a você Yin, talvez Hana queira te ensinar algo.
Por baixo da mesa Yin fecha a mão com força. “O queeee???????? Está de brincadeira não é?” – pensava. Lutou para não demonstrar o que se passava dentro dela, seu pai não toleraria isso, mesmo assim não podia aceitar que seu pai havia decidido ensinar artes marciais a seu irmão e não a ela, enquanto isso ela faria o que? Ficaria aprendendo a pintar? Nada contra a sua mãe, mas sabia que não levava o menor jeito para a pintura. Curvou mais o corpo na tentativa de ocultar totalmente seu rosto na sombra, sentia a raiva queimar suas faces. Hana coloca a mão na cabeça da filha e afaga seus cabelos com carinho lentamente Yin vai serenando até levantar sua cabeça e abraçar a mãe. Kokioo se levanta e segue para o quarto. Hana afasta delicadamente Yin e olhando em seus olhos da um sorriso contagiante que sempre costumava dar como dizendo “Vai ficar tudo bem”, depois se levanta também e segue atrás do marido para o quarto.
Quando os dois se afastam era como toda a harmonia que Yin sentira pouco tempo atrás tivesse desmoronado e ela começa a chorar sacudindo seu corpo freneticamente, Yang se aproxima da irmã e a abraça levando ela de volta ao jardim.

×Episódio 1× [parte 2 de 3]

As janelas e a porta do quarto estavam fechadas mesmo assim podiam-se ouvir alguns rumores vindo de lá.
- Kokioo eu sei que você sabe o que está fazendo, mas você não poderia pensar melhor... Quer dizer Yin sempre levou muito jeito para a luta... Sempre foi muito parecida com você... Eu sei que não é permitido ensinar mulheres, mas...
- Hana já chega, sei que quer ajudar e que Yin até poderia ter um bom progresso, mas o trabalho dela não é esse e você sabe, a mulher é por natureza muito delicada ela não agüentaria o treinamento intensivo que farei com Yang.
Hana morde o canto do lábio inferior pensativa Yin levava muito jeito para a luta Yang por outro lado... Ela não tinha certeza se o que o marido queria fazer daria certo, conhecia muito bem seus filhos, não que Kokioo não conhecesse, mas quase não estava em casa e talvez não tivesse notado... Por outro lado entendia que na geração da família de seu marido o homem sempre teve papel fundamental de protetor e a mulher não podia nem se manifestar... Bom a única coisa a fazer era esperar, talvez até, seu marido tenha notado em Yang algo que ela não notou, mas isso ela achava pouco provável. Balançou a cabeça como tentando afastar pensamentos indesejáveis, lembrou-se então do que seu marido dissera para Yin:
“Enquanto a você Yin, talvez Hana queira te ensinar algo.”
Sim, ela queria ensinar algo a Yin, mas isso ela veria depois...

No jardim Yin já tinha se acalmado depois de contar ao seu irmão o motivo de seu pranto.
- Não fique assim Yin, na realidade eu nem quero treinar com o papai... Ele é muito duro... Se quiser eu vou lar falar para ele que ele se enganou e que ele deveria lhe ensinar e não eu.
- Não! Se fizer isso só vai piorar as coisas... – Yin abaixa a cabeça
Yang olha para ela penalizado então diz.
- Quer saber? eu queria estar no seu lugar.
- No meu? Por quê?
- Sim, porque vai ser ensinada pela mamãe, pela mamãe – repete ele como querendo enfatizar a palavra “mamãe” – enquanto eu vou ter que ficar lá com o papai lutando – faz uma careta.
Yin começa a rir e logo é acompanhada por Yang. Logo eles mudam de assunto e o que ocorrera é rapidamente esquecido por eles.
O sol começa a se por e novamente Hana aparece na porta os chamando, só que dessa vez era para jantar eles entram em casa abraçados como era de costume após lavarem as mãos eles se sentam à mesa esperando a comida, Kokioo não estava lá para espanto de Yin e alivio de Yang. Depois de colocar a comida sobre a mesa Hana se senta ao lado dos filhos e os observa comer com muito apetite, da um largo sorriso e coloca as mãos sobre as pernas esperando eles terminarem e dizer o que acharam da comida. Depois que os dois estavam satisfeitos Hana lava toda a louça com a ajuda de Yin e Yang depois da um beijo na cabeça de cada um e diz sorrindo
- Sou afortunada por ter filhos como vocês... – ela enxuga as mãos – Venham quero lhes mostrar uma coisa.
Yin e Yang se entreolham depois balançam a cabeça afirmativamente. Ela sai da cozinha a frente deles e vai até a porta de um quanto que vivia fechado, Yang ficou eufórico finalmente descobriria o que havia naquele quarto. O quarto estava escuro e Hana ascende uma vela, a luz da chama tremeluzente da vela o quarto parecia fantasmagórico cheio de coisas espalhadas quase indistinguíveis. Yin aperta os olhos para enxergar melhor aquela confusão de claro e escuro e eles entram no quarto.
Hana vai até uma pequena mesa e pega algumas coisas voltando a se reunir aos filhos logo em seguida, ela se senta no chão indicando para ambos se sentarem também os dois obedecem e ela sorrindo olha para cada um deles.
- Trouxe vocês aqui porque quero lhes oferecer algo...
Yin e Yang pareciam não entender, Hana abre as mãos, na mão direita havia um pequeno palito de cabelo que parecia ter sido feito há muito tempo atrás, e na mão direita um pequeno pingente feito de madeira muito bem trabalhada.
Yin e Yang se entreolham ainda confusos.

×Episódio 1× [parte 3 de 3]

Hana começa a rir, era exatamente o que ela esperava que eles fizessem. Ela começa pela mão esquerda, fechando a mão direita enquanto falava.
- Isso é um bastão representa a lealdade, coragem e brandura, e é a você Yin que eu a ofereço.
Coloca o bastão na mão de Yin, depois abre a mão direita.
- Esse pingente, representa a paciência, honra e brandura.
- Mas não era o bastão que representava a brandura? – Pergunta Yin.
- Sim.
- Então como o pingente representa a brandura? – Pergunta Yang
Hana limita-se apenas a sorrir.
- Vou lhes contar uma história... Há algum tempo atrás existiu um bravo guerreiro chamado Shen Xian... Era conhecido por seu estilo de luta muito diferente, ele não usava nenhum tipo de arma, apenas as mãos, também eram muito estranhos os sentimentos provocados nas pessoas que o enfrentava, sentiam primeiramente um estremecimento por dentro precedido por calafrios, alguns sentiam a terra estremecer outros pensavam estar se afogando, alguns sentiam um calor enorme subir e assim por diante, as pessoas pensavam que ele quem o enfrentava na verdade ficava louco, mas da mesma forma também Xian conseguia “curar” algumas pessoas, também, através do toque. Um dia um jovem muito vivaz ouvindo todas essas histórias ficou muito curioso para saber o que acontecia e como aquele guerreiro poderia fazer tais coisas, então foi falar com Shen Xian...
Curvando-se em frente à Shen Xian como demonstração do profundo respeito que o jovem sentia ele fala.
- Por favor, dei-me um pouco de sua sabedoria, conceda-me a honra de conhecer teu segredo.
- Segredo? Que segredo? – Pergunta Xian.
- Como lutas daquela forma? Como consegues provocar tais sentimentos nas pessoas?
Xian sorri e colocando a mão sobre a cabeça do jovem diz:
- “Administre e poupe as forças vitais.
Em espírito, essência e respiração
os poderes sagrados residem.
Mantenha-os no caminho,
eles o manterão em equilíbrio.
Capte os cinco elementos,
Transponha, transforme, transcenda.
Em harmonia estará seu caminho,
Viverá a vida fora do tempo.”
- A partir daí o jovem vira um discípulo de Shen Xian. – Finaliza Hana.
Yang ouvira a história toda de boca aberta e com os olhos brilhantes. Yin não sabia se podia acreditar naquilo, entretanto algo em tudo aquilo a encantava muito, ela olha para mão em que segurava o presente que a mãe lhe dera, não conseguia entender o que aquela história que a mãe fizera tinha haver com os presentes dados e a pergunta que Yin e Yang fizeram, ela fica pensativa por alguns minutos, Hana levanta-se e olha de relance para um quadro onde estava pintado um jovem sorridente com um bastão na mão ao lado de um homem de cabelos cumpridos e olhos muito profundos.
-Bom, agora é hora de dormir... – Diz ela voltando-se para os filhos.
Yin e Yang se levantam saindo do quarto logo depois de Hana que tranca a porta novamente logo em seguida, quando saem do quarto a claridade era como se segasse Yin, ela esfrega bem os olhos procurando ver normalmente de novo, mas para Yang tudo a claridade não incomodou apenas deu uma visão melhor do presente de sua mãe ele ficou encantado com os detalhes de seu pingente e pegando um pano o enrolou e guardou com cuidado. Yin ainda tentava entender tudo aquilo, ela dissera que era um bastão. “Um bastão?” pensou, virando o palito de cabelo nos dedos “Desde quando se fazem bastões assim?”. De fato aquele era tão pequeno que parecia apenas poder prender seus cabelos. Coçou a cabeça, confusa. Hana aproxima-se de sua filha olha para os lados como se verificando que ninguém mais poderia ouvir o que ela ia dizer a seguir e se ajoelha dizendo enrola os cabelos incrivelmente brancos de sua filha prendendo com o “palito de cabelo” que estava na mão de Yin.
- Não se preocupe, quando chegar à hora certa ele se mostrará para você.
Depois da um beijo na filha e sorri, deseja boa noite, dá afaga os cabelos do filho e vai para o quarto.
 × Episódio 2 × O Livro misterioso [parte 1 de 3]

Yin levantara mais tarde do que de costume naquele dia, não dormira bem tivera um sonho estranho, já nem lembrava direito sobre o que se tratava, mas sabia que tinha algo haver com seus pais. Depois de lavar o rosto ela vai tomar o café da manhã que estava à mesa como se houvesse acabado de ser preparado, parecia que sua mãe sabia que ela acordaria àquela hora. E falando em sua mãe onde será que estavam todos? Eram os pensamentos de Yin, ela termina de comer rapidamente e vai para a varanda onde era o lugar que sua mãe costumava ficar para pintar, afinal, como ela mesma dizia, de lá se podia ver a beleza de toda uma geração. Yin nunca entendera bem essa frase, mas não podia pensar nisso agora, chagando a varanda encontra sua mãe sentada começando um novo quadro ela se aproxima silenciosa e vagarosamente, tinha medo de atrapalhar sua mãe.
- Olá Yin! – Diz Hana ainda olhando para o quadro que pintava
Yin leva um grande susto, como sua mãe poderia saber que ela estava lá? Não fizera nenhum ruído... Começava a lembrar que quando era muito pequena Yin e Yang sempre queriam assustar sua mãe, mas nunca conseguiram por vezes ela se mostrava surpreendida só para não desaponta-los... Yin balança a cabeça voltando a si e apertando o passo vai ao encontro de sua mãe.
- Cadê o Yang?
Hana para de olhar para o quadro e vira-se para a sua filha com uma expressão muito carinhosa.
- Está treinando com o seu pai...
É verdade... Yin já havia esquecido disso. Abaixa a cabeça um pouco desapontada, mas sente o olhar de sua mãe que já havia deixado o pincel de lado. Yin olha para ela e tenta sorrir, mas não consegue, Hana pega na mão de sua filha sorrindo.
- Yin lembra-se daquele jovem que lhe falei na história de ontem?
Yin balançou a cabeça afirmativamente e Hana prosseguiu.
- Ele se chamava Feng, todos dizem que depois de Xian, ele foi o maior homem dessa região, integrou seus próprios métodos na técnica de luta que Xian lhe ensinara, alem disso era um rapaz muito esperto e se interessava muito pela vida e o lado espiritual.
Yin ouvia calada. Feng... Já ouvira aquele nome... Mas onde?
Hana como adivinhando seus pensamentos diz
- Ele era seu bisavô.
Yin fica espantada com a afirmação de sua mãe, nunca poderia imaginar...
Hana já voltara a olhar para o quadro e como se não tivesse nada pergunta.
- Dormiu bem Yin?
Yin parecia ter caído da cama naquele momento, estava completamente desnorteada, nada mais fazia sentido ela balançava a cabeça confusamente sem saber o que dizer, sua mãe sorri e fala.
- Que bom... Por que não vai ler um livro lá no jardim? Daqui a pouco vou fazer o almoço.
Yin se retira sem dizer nada com o intuito de fazer o que sua mãe lhe aconselhara.

× Episódio 2 × [parte 2 de 3]
Ao sair do quarto de sua mãe Yin vê um livro que não se lembrava de ter lido ou de sequer terem em casa. Não tinha titulo e a capa estava em branco, ela vira o livro varias vezes tentando achar algum sinal de quem fizera ou o nome do livro, mas não acha nada, então decide lê-lo no jardim.
Yang chega ao jardim correndo, para ao lado de Yin, que ainda lia o livro com muita concentração, ao perceber a presença de seu irmão ela abaixa o livro e olha para ele nesse instante seus olhos são atraídos por algo pendurado em seu pescoço, era o pingente que sua mãe dera, ele prendera em um cordão bem próprio para o pingente, Yang também percebe que os cabelos de sua irmã estavam presos com o presente de sua mãe. Eles olham um para o outro e começam a rir, Yang senta ao lado de sua irmã.
- O que está lendo?
- Não sei.
- Não sabe? – pergunta Yang arregalando os olhos.
- É.
- De quem é?
- Não sei.
Yang coça a cabeça.
- Então ta então...
Yang não conseguia entender como que sua irmã lendo com tanto empenho um livro não sabia nem ao menos do que se tratava.
- Yang lembra-se da história que mamãe contou?
- Claro – responde Yang ajeitando-se entusiasmado.
Yin fica pensativa por alguns minutos, depois relata brevemente a conversa que teve com sua mão, o livro e passa o livro para ele.
Yang abre o livro e começa a folheá-lo só havia uma pagina escrita e nela dizia exatamente o que Xian disse para Feng. Ele folheia o livro mais uma vez a procura de algo que pudesse esclarecer tudo aquilo, nada todas as outras folhas estavam em branco a não ser aquela primeira.
- Hum... Pode ser que nosso bisavô Feng tenha escrito só para não esquecer.
Yin olha para Yang, séria e ele logo se arrepende do que havia dito. Ele se põe a analisar o livro mais uma vez prestando atenção nos mínimos detalhes era um livro de capa que parecia ser feita de couro as paginas e tudo o mais não davam ao livro nenhuma data aparente, ele se inclina para analisar melhor as junções da folha, o pingente dele sai de dentro na blusa tocando o livro, logo em seguida ele começa a brilhar, com uma luz muito forte que se expandia, Yin coloca a mão nos olhos com um gemido, não podia-se ver nada, Yang que estava no centro da luz fica admirado com o que acontecia, mesmo sem entender muito bem o livro começa a flutuar e seus pés saírem do chão, nesse momento ele sente um grande pesar o acometer e a luz começa a se extinguir fazendo ele e o livro voltarem para o chão, e finalmente desaparece de vez como se tivesse sido absorvida pelo pingente.

× Episódio 2 × [parte 3 de 3]

Yin tira as mãos dos olhos e abraça o irmão, assustada.
Depois de estarem mais calmos Yang tira seu medalhão do pescoço e começa a analisá-lo, enquanto Yin pega ao livro. Os dois fazem uma exclamação de susto ao mesmo tempo. Yang viu que na parte de trás de seu medalhão agora estava escrito “Luz” e Yin ao virar a página do livro viu “Yang” escrito na segunda página.
Um olha para o outro e trocam os objetos que estavam analisando, Yang vira as outras páginas para ver se o correra algo mais, mas o restante do livro continuava igual, Yin gira o medalhão em seu dedo chegando a mesma conclusão que o irmão depois diz.
- Bem já sabemos que esse livro tem alguma ligação com seu medalhão.
Yang balança a cabeça olhando para o palito de cabelo de Yin, ela logo entendeu que ele queria que ela tentasse também e se afastando um pouco de diz.
- Não mesmo.
- Por que não?
- Por que não quero.
- Yin...
- Não!
- Por favor.
- Já disse que não.
- Ta bom...
Yang vira as costas chateado, Yin olha para ele, mas não sede.
- Conte-me o que você sentiu lá.
- Se eu contar você vai?
- Pare com isso Yang, precisamos entender o que aconteceu lá.
- Ta. Primeiro eu me senti muito bem... Não sei, acho que me senti em paz... Mas depois comecei a sentir medo...
- Hum... E então?
- E então a luz sumiu.
- Estranho...
- É, acho que foi meu medo que a fez desaparecer, nem sei direito do que tive medo...
- Entendo.
Nesse momento Hana aparece na porta os chamando para almoçar eles levantam rapidamente e entram. Hana observa o livro nas mãos de Yin e sorri. Sim... Já está chegando à hora... Ela pensa depois entra também para acompanhar os filhos na refeição.

O resto do dia se passou bastante calmo, mas Yin e Yang não tiravam da cabeça o que acontecera naquela tarde até na hora de dormir o sono demorou em vir até eles decidirem que era melhor não pensar mais naquilo, e assim eles dormem.
× Episódio 3 × Ou Yin ou Yang [parte 1 de 3]

Yin se levanta no meio da noite, não sabia por que, mas naqueles dias estava sendo cada vez mais difícil dormir a noite, ela vai até a cozinha beber um pouco de água, de lá ela pode ver a lua que estava muito bonita naquela noite, era noite de lua cheia e mesmo sem saber o motivo aquilo lhe causava uma grande satisfação.
Depois de tomar água e ela abre e a porta tentando fazer o mínimo de ruído e vai para o jardim, com os pés descalços ela atravessa o jardim sentindo o cheiro da noite, era interessante como às mesmas coisas à noite tinham formas, cores e cheiros diferentes de dia.
Ela senta debaixo de uma arvore e fica olhando o céu, como é que seria se só houvesse noite?
Ela não sabia por quanto tempo ficara ali, só sabia que estava começando a sentir sono, ela limpa os pés e vai para o quarto, assim que dorme o dia começa a amanhecer e Yang acorda, ele passa a mão nos olhos, ultimamente acordava cada vez mais cedo, olha para irmã que parecia estar dormindo a um bom tempo e levanta, nenhum de seus familiares acordara ainda, mas ele vai até a cozinha e fica observando o sol nascer, na opinião dele nada poderia ser mais bonito que aquilo, fica lá ouvindo os pássaros cantarem. Depois se levanta devagar e vai até o jardim sentindo os primeiros raios de sol do dia, era esplendoroso como tudo ficava tão belo e as flores tão perfumadas a cada amanhecer.
Ele senta-se em baixo de uma arvore, pensativo, nada contra a noite, mas como seria se só existisse o dia?
Yang olha para cima e se surpreende ao ver sua mãe na varanda pintando, pensava que todos ainda se punham a dormir, ela olha de lá de cima para o filho e sorri, Yang retribui ao sorriso entusiasmado e sua mãe para de pintar desaparecendo dentro do quarto e reaparecendo alguns minutos depois perto dele.
- Yang poderia fazer um favor para mim?
- Claro mãe!
- Pegue umas frutas para o café da manhã, sim?
Yang balança a cabeça afirmativamente e sai correndo para pegar algumas maçãs na arvore que estava sentado a pouco, nesse momento sente algo estranho parecia que não estava dentro dele, por um momento teve a visão dele mesmo sentado ali pensando, então tudo começou a rodar, ou era a cabeça dele que estava rodando? Bem isso não importava muito, ele só queria entender o que estava acontecendo, quando finalmente tudo para de rodar ele vê seu medalhão brilhar, pensou que tudo o que aconteceu quando estava com o livro junto a Yin no jardim iria acontecer novamente, mas tudo o que aconteceu foi simplesmente a sensação de estar voando, olhou para os pés, mas eles continuavam bem firmes no chão, então a luz se extinguiu, ele fica espantado com tudo aquilo e se esquecendo das frutas corre para o quarto contar a Yin o que havia acontecido, sabia que ela ficaria furiosa por ser acordada tão sedo, mas nesse caso até alguns gritos delas valeriam à pena.
Yang cruza a porta do quarto com muita empolgação, mas assim que olha para cama recebe um grande choque.
- O... O que?

× Episódio 3 × [parte 2 de 3]

Yang fica com os olhos grudados em uma das paredes do quarto, lá era onde deveria estar a cama de Yin ou ao menos ela, ele começa a analisar cada canto do quarto, sua cama ainda estava lá, mas não havia nenhum vestígio de Yin, nem ao menos que ela havia estado lá.
Yang corre para a cozinha a procura da mãe, ela ao ver o estado do filho para de cortar alguns legumes lava a mão e o chama para conversar. Yang pergunta por Yin, Hana fica confusa aparentemente sem entender o que o filho dizia.
- Yin? Hum... É uma nova amiga sua?
Diante dessa pergunta Yang arregala os olhos e apavorado tenta explicar a mãe, mas a cada palavra que ele dizia parecia que Hana ficava mais confusa, por fim ele pergunta pelo pai e ela parecendo que tinha se afirmado em uma conclusão em que formulava enquanto Yang falava se levanta e começa a analisar se ele estava com febre. Yang se sentia atordoado e sua mãe diz que ele precisava descansar, ele concorda, se sentia exausto naquele momento e assim que chega ao quarto, se deita na cama e logo pega no sono.

Yin acorda assustada, não tivera nenhum sonho especial, mas sentia uma angustia terrível, ela abre a janela e se espanta ao ver que ainda era noite, tinha quase certeza que ao se deitar não ia demorar muito para amanhecer, será que dormira tão pouco? Ela balança a cabeça negativamente tentando se livrar desses pensamentos e fecha a janela, apesar de tudo não se sentia mais com sono, ela esfrega os olhos sem prestar muita atenção em nada e sai do quarto, ao chegar à cozinha ela grita de susto ao ver sua mãe a sua frente fazendo a comida.
Hana para de cortar legumes e olha para a filha preocupada, Yin pede desculpas e diz que se assustou ao ver sua mãe lá. Hana sorri e passa a mão sobre a cabeça de Yin.
- Sempre distraída minha querida.
Yin tenta sorrir e olha para baixo.
- O que faz aqui tão tarde?
- Tarde?
- É. Lá fora já está... ou ainda está... Hum...
- Está?
- Escuro.
Hana começa a rir.
- Minha querida do que está falando? Até que agora está bem claro.
Yin começa a olhar para todos os lados tentando perceber onde sua mãe tinha visto claro. Ela coça a cabeça depois volta a olhar para a mãe, que parecia estar muito tranqüila, como se nada estivesse acontecendo.
Yin volta para o quarto, atordoada, queria falar com Yang, nesses momentos ele sempre a ajudava. Ela entra no quarto e fica parada na porta só agora tinha percebido que Yang não estava lá, nem sua cama. O que poderia haver acontecido? Ela corre de volta para a cozinha.
- Mãe cadê o Yang?
- Quem?
- Yang!
- Yang? Quem é Yang? Ahh.. É a nova boneca de porcelana que seu pai lhe deu, não é? Está lá no seu quarto.
Yin balança a cabeça, não podia acreditar no que ouvira aquilo. Ela só podia estar brincando, entretanto sua mãe nunca brincara assim com ela. Em sua cabeça milhares de pensamentos começam a surgir, mas Yin respira fundo e insiste.
- Não mãe, Yang não é minha boneca de porcelana...
- Ainda bem porque esse é um nome muito estranho para uma boneca.
Sim, agora Yin tinha certeza que sua mãe estava brincando.
- Mãe, estou falando sério, cadê o Yang? Meu irmão, onde ele está?
- irmão? Desde quando tens irmão?
Yin sente um nó na garganta, todo seu esforço para não entrar em desespero e confiar estava começando a ruir. Ela já podia sentir as lagrimas se reunirem no canto de seus olhos e começarem a rolar pela face e antes que sua mãe pudesse ver ela sai correndo para o jardim.

× Episódio 3 × [parte 3 de 3]

Sentada no jardim Yin começa a pensar em tudo que acontecera, sem saber o que fazer e no que acreditar.
Nesse momento os cabelos de Yin começam a se desprender, ela passa a mão por eles e sente que o presente que sua mãe dera não estava mais lá, ela se assusta e começa a procurar pelo chão até seus olhos encontrarem um grande bastão de madeira, tinha a mesma cor que seu palito de cabelo, ela pensa em pega-lo e assim que estende a mão antes que pudesse toca-lo o bastão é arremessado para cima e cai em sua mão. Yin fica olhando para o bastão com olhos arregalados. Um bastão? O que isso poderia estar fazendo em sua casa? Talvez fosse do treinamento de seu pai com Yang, iria devolver a ele... Mas... Mas...
Ela abaixa a cabeça com o bastão ainda em suas mãos Yang não existe...
Um tipo de neblina escura começa a se projetar do bastão envolvendo Yin, ela cai de joelhos no chão sentindo um grande peso sobre ela.
Não, não podia acreditar que tudo que tinha vivido aqueles anos todos foi uma mentira, não podia acreditar que sonhara todo aquele tempo. Foi então que seus olhos brilharam. Sonhar... Era isso ela deveria estar sonhando agora, mas tudo parecia tão real, apesar do comportamento de sua mãe, alem do mais, ela lembrava de ter acordado.
Ela se levanta sentindo uma nova força dentro de si, ela não poderia fraquejar agora, agora tudo dependia dela, teria de achar um meio de solucionar tudo aquilo.
Pensa em pegar o livro misterioso, lá estava escrito o nome de Yang e ela tinha a sensação de que ele poderia ajudá-la. Ela tenta ir atrás dele, mas seus pés nem sequer se movem, ela olha para baixo e vê que eles estão envolvidos na neblina escura, de repente flashs começam a passar por sua cabeça eles continham cenas de sua vida, cenas que causaram muita frustração e sofrimento a ela, a cada cena aparecia uma segunda versão de como seria de Yang não estivesse presente, ela estava horrorizada, não podia ver aquilo, seu irmão sempre a ajudara, os sofrimentos dela não eram culpa dele, ela balança a cabeça freneticamente se recusando a acreditar em tudo aquilo, até aparecer a cena da chegada de seu pai, em que ele diz que vai treinar Yang deixando Yin em segundo plano, na cena modificada seria a Yin que Kokioo ensinaria, seria o orgulho de seu pai. Ela sorriu, em seus olhos havia uma mistura de cobiça, desejo e frustração. Se Yang não existe então... Então é a mim que ele ensina. Ela aperta o bastão com força contra o peito. Sim... Poderia deixar as coisas como estão... Só por mais um tempo.

Yang acorda assustado, suando, os raios do sol atravessavam as janelas fechadas do quarto.
Yang passa a mão pelo rosto tentando se acalmar, depois olha envolta a procura de algo que sentia que não encontraria. De fato o quarto continha apenas coisas de Yang, nenhum vestígio de Yin, até parecia que algo entre eles se perdia como um vestígio de luz na escuridão intransponível.
Ele se levanta da cama meio cambaleante se apóia na janela e abre as venezianas observando o jardim... Ainda dia... Como seria possível? Parecia que a noite não viria. Em um ponto indefinido do jardim algo lhe chamou a atenção, sentia que algo estava acontecendo ali conseguia ver que aquela área estava um pouco mais escura que as outras ele pensa em ir até o jardim, mas se tirasse os olhos daquele ponto era capaz de ele desaparecer, não demora muito e a solução aparece, ele cuidadosa e rapidamente pula a janela e corre até o ponto que vira.


× Episódio 4 – Especial [parte 1 de 2 ] ×

Ao se aproximar do ponto ele para, apesar da proximidade aquilo estava tão sutil quanto quando ele olhava da janela, porém lá conseguia sentir algo, seu rosto ficou sério, sentia energias muito ruins e entre elas as energias de Yin. Yang fica pensativo por alguns instantes tentando pensar no que fazer algo lhe dizia para encontrar o livro misterioso, mas onde ele poderia estar agora? Lembrava-se de tê-lo colocado em uma caixa de madeira, onde Yin e ele guardam coisas suas, e a deixado do lado da cama... Mas qual delas? Será que se deixou ao lado da de Yin a caixa está lá junto com ela?
Resolveu verificar, agora sabia que aquele lugar não desapareceria, mesmo assim e sem saber porque, colocou seu medalhão enfrente ao lugar e saiu correndo até a janela por onde ele havia saído.
Assim que Yang pulou a janela houve uma súbita mudança no tampo, fortes rajadas de vento ameaçavam derrubar as imponentes arvores no jardim, o sol começava a ser coberto por pesadas nuvens acinzentadas. Yang olhou para trás assustado, começava a sentir seu coração apertado, ele sentia que algo estava para acontecer, olhando pela janela o céu parecia desafiador, mesmo sem uma gota de chuva cair podia-se ouvir os trovões muito próximos, Yang sentia que o medo começava a dominá-lo e em um ato inconsciente ele se sentou no chão do quarto suas costas enrijecidas, mãos nas pernas que estavam cruzadas uma sobre a outra, naquele instante seu olhar assumiu um ar maduro e decidido uma luz muito clara começou a sair de seu corpo e expandir-se enquanto, ele, de olhos fechados dizia coisas incompreensíveis.

Yin tinha uma expressão de satisfação, entrara em casa novamente, se acostumar com a vida sem o Yang até que não seria nada difícil, seus olhos brilhavam, finalmente poderia ter toda a atenção de seu pai, pegou uma maçã na cesta de frutas e virou-a nos dedos, nesse momento ela começou a ficar escura e apodrecer, Yin se assustou mas jogou fora seus restos e pegou outra, assim que pegou a outra ela apodreceu, e o mesmo aconteceu com todas as outras frutas que ela pegou, ficou aterrorizada, saiu correndo deixando cair no chão o cesto de frutas, a medida que passava todas as flores que estavam na casa começavam a morrer, ela subitamente para no meio do caminho, olha ao redor, sua casa agora estava sombria, ela tentou entrar no quarto mas assim que colocou a mão nela algo a jogou longe.

× Episódio 4 [parte 2 de 2 ] ×

Yin estava ajoelhada no chão arfando, seus cabelos agora soltos cobrindo seu rosto.

Yang sentiu uma vibração forte abalar sua energia a visão de sua irmã do outro lado da porta veio a sua mente, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa sentiu um toque muito suave em suas costas ele olhou para cima e viu sua mãe ela estava com um vestido branco e parecia totalmente iluminada, o que fez Yang relaxar, sem perceber fechou os olhos enquanto sentia seus lábios se moverem, mas a voz que saia não parecia sua, era mais grave e parecia ser mais madura acompanhada por uma voz suave ao fundo um pouco atrás que ele achou ser de sua mãe.

Yin olha para trás e vê sua mãe sentada no chão com as pernas cruzadas uma sobre a outra olhando para ela. Parecia destoar da escuridão. Hana coloca uma das mãos em frente ao rosto e rapidamente a escuridão começa a se dissipar.
Yin faz menção de falar, mas sua voz não sai, olhando assustada para a mãe, tão diferente agora, ela começa a recuar, sentia algo ruim no peito e não conseguia entender por que, afinal era só sua mãe, mas não conseguia ignorar a sensação de estar acuada, tenta correr, porém suas pernas não se movem, olha em volta aterrorizada e instintivamente fecha os olhos.
Hana nem mesmo de move, observa a filha e sorri.
- Agora acabou queridos...
A voz dela ecoa por toda cada, um feixe de luz...

× Episódio 5 Os opostos se complementam × [parte 1 de 3 ]

Yin acorda arfando e suando frio, olha em volta, tudo estava calmo e parecia normal, estava em sua cama.
O sol já estava alto e os passarinhos cantavam. Yin passa a mão por seus cabelos brancos e respira fundo. Ouvindo passos lá fora ela se deita e finge dormir.
As janelas são abertas e a luz do sol banha todo o quarto. Yin coloca o travesseiro sobre a cabeça e puxa o cobertor até sumir completamente abaixo dele.
- Ah, Yin... Levanta. O dia está lindo lá fora, não acredito que vai perder. – Fala Yang indo à direção a cama de Yin.
- Humm... Deixe-me dormir... – Resmunga Yin
- Vamos, pare de preguiça, levanta. – Yang tenta puxar o cobertor que Yin segurava firmemente.
- Me deixe em paz! A lua nem surgiu ainda.
Yang para e senta na cama, desanimado, sabia que dede pequena, Yin, tinha o habito de dormir até tarde, mas depois do sonho que teve aquele dia, aquela resposta dela o deixara profundamente magoado.
- Quase não passamos mais tempo juntos Yin.
- Hum...
- Sempre que estou acordado você está dormindo e o contrario. – Yang suspira – Em pouco tempo papai vai estar me levando em lugares com ele e ai... O que será de nós? – Sussurra – Sinto a sua falta... Nós nem parecemos mais irmãos, muito menos os que nasceram na mesma Lua... – Yang olha para sua irmã em baixo do cobertor, que parecia nem ouvi-lo. – Ah! Esquece.
Yang se levanta, pega um livro e sai.
Yin, debaixo do cobertor, vê a silhueta de seu irmão desaparecer pela porta, ela limpa os olhos pelos quais algumas lagrimas caiam, tentou voltar a dormir mais as palavras do seu irmão junto com o sonho rodavam em sua cabeça, não queria entristecer Yang, mas naquele momento tudo o que queria era ficar sozinha.