Avatar New Creation

Esse eu posso dizer que criei sozinha e que me orgulho muito, foi com o propósito de ser jogado como rpg, mas não consegui reunir gente suficiente para jogar até agora, então...


Categoria:  Fanfic,  Ficção. 
Gênero: Aventura, romance, drama, ação
Recomendação: Livre



Oitenta anos depois do fim da guerra entre as nações, o Avatar Ang morre tranquilamente durante o sono. Todos ficaram tristes e chocados com esse fato, já que mesmo velho demonstrava a juventude e força de quando ele era apenas um garoto. Foi organizada uma grande festa por amigos e parentes em sua homenagem. E assim começou a espera pelo novo Avatar que surgiria, todos da nação da água ficaram atentos observando cada criança que nascia. Porém os anos foram passando e ele não apareceu, as pessoas desistiram e pouco tempo depois nem acreditavam mais em avatares. As mudanças começaram rapidamente depois disto, algo que eles chamavam de progresso, pouco a pouco as nações foram desaparecendo assim como os dobradores, histórias daquele tempo começaram a virar mito, lenda, afinal quem poderia acreditar em um menino de 112 anos dominador dos quatro elementos? Por isso o que antes era normal passou a ser encarado como vergonhoso e assustador.
Cento e dez anos depois tudo parecia fora de controle, pessoas que mostravam dominar algum tipo de dobra eram caçadas e nunca mais vistas, eram apontadas como monstros e altamente perigosos para a sociedade, famílias desesperadas fugiam para proteger seus filhos ou parentes, chegando a se envergonharem se tivesse algum dobrador na família.
O que ninguém sabia era que o Avatar ressurgira e vivia inocentemente no meio de todos os outros.
Com o desaparecimento total das nações tudo passara a ser uma única coisa, nomeada Sakamoto por seu respectivo Imperador Lee Sakamoto, um homem severo, que não hesitava em pisar nas pessoas, literalmente.


Livro I
Capitulo 1- Quem procura acha.

O sol já se fazia alto no céu, o clima quente animava a maioria dos alunos da escola Nishimura. Nos jardins muitos se estendiam na grama, embaixo de sombras produzidas pelas arvores, tudo estava calmo como costumava ser, ao menos para alguns, afinal nem tudo agrada a todos.
Yume andava em passos lentos observando cuidadosamente todos ao seu redor, totalmente distante do que suas amigas, andando ao seu lado, diziam. Gostava muito das amigas, porém naquele dia andar junto a elas estava se revelando um verdadeiro teste a sua paciência. Era nova na escola, levou um tempo para os seus pais acreditarem que era realmente seguro ela sair de casa. As garotas logo se aproximaram dela, incluindo-a no grupo. Neste momento elas discutiam como arranjar um namorado para ela e os melhores pretendentes para este cargo, apesar de seus protestos e ter deixado claro que tinha outras coisas para se preocupar. Obviamente a sua opinião sobre este assunto era totalmente insignificante, afinal o que tinha haver com isso? Elas apenas estavam escolhendo um namorado para ela.
Pensando nisso Yume revira os olhos e os fecha lentamente enquanto tentava se convencer de que aquilo não estava acontecendo.

Michi vinha caminhando tranqüilo entre os corredores do Colégio, carregava alguns livros acabando de sair da aula de história, parecia um pouco entediado, mas seguia seu caminho até o pátio nem dando importância a quem encontrava nos corredores.
Apressava seus passos pelos corredores, quase chegando ao pátio onde o sol permanecia iluminando todos os cantos dele, fazendo com que as maiores arvores deixassem sombras fresca e desejáveis a todos, com os pensamentos literalmente avoados não percebe que se esquecera de entregar o trabalho que o professor de História pediu-lhe, pensava apenas em alcançar o imenso mar de verde e então estaria a salvo. Aumentava mais ainda a velocidade se seus passos, já podendo ver a grande porta que o separava de seu destino. Quando aquilo iria terminar? Todos os dias era a mesma coisa. Seus pés finalmente alcançam a grama verde e agora pareiam deslizar, até sentir algo bater contra seu ombro, seus olhos são atraídos para o motivo do choque e estes avistam uma garota de cabelos na altura dos ombros, pontas da franja avermelhadas, grande olhos castanhos e um pouco alta, seus olhares ficam fixos por alguns segundos. Michi não via o porquê de se desculpar, afinal a culpa era dela de estar na sua frente, então continua seu caminho. Porém havia algo diferente no olhar daquela garota, mas não sabia o que era. Yume fica observando ele de distanciar velozmente. “Ele... é...”, mas é arrancada de seus pensamentos quando uma voz atrás de si diz:
- Hum... Até que você tem bom gosto... Aquele é Michi Yamaki, um verdadeiro conquistador, estudioso e amante da natureza, pontos contra... Muitas concorrentes, extremamente reservado e não muito gentil... Mas ainda assim vale apena... – Suspira enquanto olhava para o lugar onde o garoto desapareceu, e virando-se para Yume completa – Bom, que vença a melhor...
- O... O que?
Rindo a outra balança a cabeça – Oh Hana, com certeza isso não passará de um sonho para qualquer uma de nós, até hoje eu nunca vi o Michi deixar ninguém se aproximar, ele nem mesmo tem amigos.
- Oh, não... Eu não...
- Não precisa se envergonhar está entre amigas, seu segredo será bem guardado – Hana sorri e pisca.
Yume desiste, por hora era melhor que continuasse assim mesmo, afinal elas pararam de lhe procurar um namorado.

Já estava na hora da saída, Yume se despedia de suas amigas observando a linda noite que caia, cada uma seguia em suas direções e estava pronta para fazer o mesmo, quando viu aquele rapaz misterioso passar por ela.
Caminhava sozinho e de cabeça erguida por entre as ruas mal iluminadas, quase agradecendo ter acabado mais um dia.
- Ei! Espera!
“Droga, até aqui! Será que eu não tenho mais sossego?”
Michi aperta o passo sem olhar para trás.
- Oh, por favor, preciso falar-lhe, não fuja!
Ele para abruptamente e com uma voz rouca, porém severa diz
- Em primeiro lugar eu não fujo de garotas, em segundo, me deixe em paz.
- Façamos um trato, te deixo em depois que disser...
-Escuta, eu não estou interessado em você, no que tem a dizer e muito menos em seur seu namorado. – Dizendo isso volta a andar
- Ora que petulante... Pare! – sua voz ecoa e ela logo cora – Por favor...?
Subitamente suas pernas pareciam não mais obedecê-lo e ele vira-se a encarando-a, ao perceber quem era seus olhos se abrem mais, não sabia por que, mas sentia algo estranho ao ver aquela garota.
- Obrigada – Ela sorri ofegante se aproximando.
- O que você quer de mim?
- Sua dobra...
- Como é?
- O que você dobra?
- Do... Do que está falando?
O sorriso de Yume fica ainda mais largo enquanto ela o rodeava e depois de alguns segundos, parando em sua frente olha em seus olhos e diz
- Sabe do que estou falando. Um dobrador sempre reconhece o outro.
- Ah, era só o que me faltava, uma maluca... Garota, dobradores são fábulas, histórias infantis. Seus pais nunca lhe contaram?
Yume não parece se alterar e volta a radiá-lo
- É mesmo? Que legal, meus pais sempre disseram que toda história tem seu fundo de verdade, qual será o fundo desta? Em que você acredita?
- Acredito que você é doida e tenho que estar em casa antes do toque de recolher.
- Estará, você é a pessoa mais rápida que eu já vi, no entanto estamos perdendo tempo enquanto você foge.
- Eu não fujo!
- Não? Então, voltando... Qual é a sua dobra?
- Eu já disse que...
- Hum? Qual é sua dobra?
O rapaz vira o rosto aborrecido
- Eeii..
- Terra! – Sua voz sai feroz e seca.
- Legal. Até amanhã. – vira-se pronta para sair andando
- Ei... - Passa a mão pelo rosto não acreditando no que estava prestes a dizer. -Disse que um dobrador reconhece o outro... Quem é você?
- Pensei que não estivesse interessado em nada sobre mim.
- E não estou! – Dando as costas
- Ótimo, nos vemos na escola. – Sorri
- Ei, vocês dois! – Uma voz masculina e severa surge da escuridão seguida por passos rápidos. – O que estão fazendo na rua após o toque de recolher?
- Oh, mas já é tão tarde? Desculpe-nos por favor, estamos indo para casa... – Yume diz docemente
- Nem pensar, acha que pode se livrar assim tão fácil?
- Bom, eu esperava que sim...
- Acha que estou brincando? Já deveriam saber o que acontece com pessoas que burlam as regras.
- Era só o que me faltava – Resmunga Michi
O homem se aproxima deixando sua aparência nítida, trajava um uniforme marrom avermelhado e botas pele de crocodilo serpente, era moreno e tinha os cabelos raspados. Ele segura os dois pelos braços empurrando-os para frente fazendo-os andar.
- Viu o que você fez? Qual é o seu problema menina? Eu mal te conheço e olha o que aconteceu, é melhor ficar bem longe de mim antes que eu saiba o seu nome e acabe morrendo.
- Obrigada. – Sorria.
- Isso não foi um elogio
- Eu sei, mas agora você pode parar de me insultar e me ajudar com meu plano. –sussurra
- Você não ouviu nada do que eu disse? Eu quero você bem longe de mim, não estou a fim de problemas ainda maiores.
- Ah, ele está com medo... Não sei por que, mas eu cheguei a achar que você fosse duro na queda.
- Ora sua...
- Calem a boca! – Urra o guarda
-Coitadinho do menininho, está morrendo de medo.
- Já chega!
- Oh, pobre dele, cuidado pra não fazer xixi nas calças.
- Cale-se! – O chão começa a tremer e em um movimento rápido Yume projeta seu corpo para frente ao mesmo tempo em que girava uma de suas pernas para trás acertando as pernas do sentinela fazendo-o cair no chão. Aproveitara-se da distração produzida pela fúria de Michi para colocar seu plano em ação.
- Perfeito! Obrigada por colaborar Michi – Com seu sorriso habitual se volta para o guarda no chão e contempla-o inclinando-se para frente – Desculpe... Ah, tente não usar coisas que sejam feitas de pele de animais. Boa noite. – Aperta um ponto no ombro do rapaz e os olhos dele fecham-se lentamente.
Michi observava de boca aberta até ver ela se virar novamente para ele e fechando o punho com força resmunga – Não pense que depois disso seremos amigos. Eu te odeio.
-É, eu sei. – Sem perder o sorriso enquanto levava o guarda adormecido até a parede mais próxima. – Boa noite Michi, se cuida. – Ela segura a barra da saia de seu uniforme escolar e sai correndo pulando em cima de um telhado e desaparecendo na escuridão.
Michi fica parado por alguns minutos como se tentasse assimilar tudo o que havia acontecido “Sabe o meu nome... Quem é essa garota afinal... O que importa? Ela é maluca!” pensando nessas coisas ele toma o seu caminho.

Capitulo 2 – A chuva

O céu estava completamente coberto por nuvens acinzentadas e os pássaros rumavam para lugares seguros que os protegeriam da chuva prestes a cair, porém nem todos tinham esta sorte.
Otsuri Kato andava pelo palácio do imperador em passos quase ritmados com seu sorriso superior, usava um uniforme vermelho com uma grande águia de fogo estampada em suas costas, a maioria dos que passava por ele evitava olhá-lo e até mesmo abaixava a cabeça temerosos por um castigo, todos sabiam da forte ligação que ele tinha com o imperador e se algo o perturbasse as conseqüências para o culpado seriam medonhas.
Subindo as escadas de mármore branco já podia sentir o terrível cheiro de incenso vindo da sala imperial, Sakamoto dizia agradá-lo porque acalmava e ajudava-o a tomar decisões difíceis, mas isso certamente seria uma das coisas que Otsuri iria mudar ao ser o novo imperador, não suportava o cheiro daquelas coisas e para ele só tinha a função de espalhar fedo pela sala.
Respirando fundo bate levemente na porta de madeira trabalhada a sua frente, era do tipo que demonstrava requinte e bom gosto, possuía quase o dobro de sua altura e o triplo de largura, a porta se abre pesadamente deixando visível um vasto aposento elegantemente decorado com uma janela que dava vista ao reino inteiro. Curva-se respeitosamente ao ver Lee sentado em frente a sua mesa, tinha o semblante franzido, mãos entrelaçadas e um olhar inflexível, faz um sinal com a cabeça em indicação de que o tenente poderia entrar.
- Imperador Sakamoto – curva-se novamente em frente à mesa.
- Sente-se – diz o imperador sem mudanças visíveis
Kato aguardou, pois sabia que não deveria falar até que seu mestre o permitisse.
- Mandei chamá-lo aqui porque tenho um assunto de extrema importância a ser resolvido. – Inicia Sakamoto levantando-se da cadeira e olhando pela janela de sua sala. – Fui informado de que devido à incompetência de meus servos a segurança deste reino está ameaçada. Quero que resolva isto. Seu papel é de extrema importância e deve estar atento, quero estar informado de tudo, todo o tempo. O essencial já está organizado. Você parte amanhã logo cedo.
- Sim senhor.
- O general lhe informará dos detalhes. Vá.
Sai da sala sentindo seu corpo vibrar de empolgação, esta era a maior prova de confiança do imperador, cuidar de assuntos tão importantes para ele, certamente não iria decepcioná-lo. O general Abunai Sato já estava esperando por ele, curvando-se ao ver seu superior sair da sala, enquanto seguiam o caminho de volta Sato informava Kato os detalhes de sua missão. Em dado momento Otsuri se detém e com um olhar para Abunai enraivecido urra.
- O que?